sábado, 18 de março de 2017

Os segredos da linhagem de Tutankhamon
Ataúde de Ouro com cerca de110 quilos que guarda os restos mortais de Tutankhamon - pesquisa urandir - projeto portal 2015


As múmias provocam a nossa imaginação. Impregnadas de mistério e magia, elas já foram pessoas que viveram e amaram, tal como nós. Estou convencido de que é nosso dever honrar esses mortos antigos e garantir que descansem em paz – Zahi Hawass
Há muitos segredos dos faraós que só podem ser revelados por meio do estudo de suas múmias.
Em 2005, quando foram feitas tomografias computadorizadas da múmia de Tutankhamon, pudemos comprovar que ele não morrera devido a um golpe na cabeça, como muitos acreditavam. Nossa análise revelou que o orifício na parte de trás de seu crânio havia sido aberto durante o processo de mumificação.
O exame também mostrou que Tut morreu com apenas 19 anos de idade – talvez logo depois de ter sofrido uma fratura na perna esquerda.
Zahi Hawass Arqueólogo chefe do Egito discutindo com expecialistas em DNA a extração de amostras de uma múmia do Vale dos Reis
Porém, ainda restam outros mistérios em relação ao faraó-menino que até mesmo a tomografia computadorizada não consegue esclarecer.
Por isso, decidimos realizar um exame ainda mais profundo de sua múmia e, no fim, acabamos descobrindo fatos extraordinários a respeito de sua vida, seu nascimento e sua morte.
Para Zahi Hawass, a história de Tutankhamon é como uma peça teatral cujo fim ainda está sendo escrito.
O primeiro ato do drama tem início por volta de 1390 a.C., décadas antes do nascimento de Tut, quando o faraó Amenhotep III (também conhecido como Amenófis III) sobe ao trono do Egito. À frente de um império que se estende por 1,9 mil quilômetros, desde o rio Eufrates ao norte até a quarta catarata do Nilo ao sul, esse soberano da 18a dinastia vive em meio a uma abundância material inimaginável. Ao lado da poderosa rainha Tiye, governa o Egito por 37 anos, venerando os deuses de seus ancestrais, sobretudo Amon, enquanto o povo prospera e imensas riquezas, originárias de seus domínios estrangeiros, se acumulam em seus cofres.
Se o primeiro ato tem a ver com bonança e estabilidade, o segundo é marcado pela revolta. Ao morrer, Amenhotep III é sucedido por seu segundo filho, que assume o trono como Amenhotep IV – um visionário que dá as costas ao culto de Amon e de outros deuses do panteão oficial e passa a venerar uma divindade única, conhecida como Aton, o disco do Sol. No quinto ano de seu reinado, ele muda o próprio nome para Akhenaton, ou “aquele que é benéfico a Aton”. Também atribui a si mesmo a condição de deus vivo e abandona o tradicional centro religioso de Tebas, erguendo uma cidade
O Vale dos Reis nbo Egito abriga o túmulo de Tutankhamon e seus parentes - arquivo pesquisador urandir 2015
O Vale dos Reis nbo Egito abriga o túmulo de Tutankhamon e seus parentes –
cerimonial 290 quilômetros ao norte, em um local hoje conhecido como Amarna. Ali ele vive com sua rainha, a bela Nefertiti, e juntos se tornam os sumo-sacerdotes de Aton, cumprindo essa função com a ajuda de suas seis filhas.
Os sacerdotes são despojados de todo poder e riqueza, e Aton reina supremo. Nesse período, a arte é perpassada por novo e revolucionário realismo: o próprio faraó não é mais, como os antecessores, retratado com semblante idealizado e corpo jovem e musculoso, e sim com aparência afeminada, barriga protuberante, rosto alongado e lábios carnudos.
O fim do reino de Akhenaton está envolto em confusão – como se a ação da peça se transferisse aos bastidores. Um ou talvez dois faraós governam por breves períodos, com Akhenaton ainda vivo, já morto ou em ambos os casos.
Como outros egiptólogos, estou convencido de que o primeiro desses “reis” é, na verdade, Nefertiti. Já o segundo é um personagem enigmático chamado Smenkhkare, sobre o qual pouco conhecemos.
O que se sabe com certeza é que, ao subir a cortina e começar o terceiro ato, o trono está ocupado por um menino de apenas 9 anos de idade: Tutankhaton (“a imagem viva de Aton”).
Em algum momento nos dois primeiros anos de seu reinado, ele e sua mulher, Ankhesenpaaton (que era filha de Akhenaton e de Nefertiti), abandonam Amarna e voltam a Tebas, reabrindo os templos e restituindo-os à antiga glória e prosperidade. Também alteram os próprios nomes, para
Restos mumificados e Amenhotep III encontrados em 1898 –
Tutankhamon e Ankhesenamon, proclamando sua rejeição à heresia de Akhenaton e uma devoção renovada ao culto de Amon.
Em seguida a cortina se fecha.
Dez anos depois de subir ao trono, Tutankhamon morre, sem deixar herdeiros que possam ocupar o seu lugar. Ele é sepultado às pressas em uma tumba de pequenas dimensões, projetada para um indivíduo comum não para um faraó.
Em represália contra a heresia de Akhenaton, seus sucessores empenham-se em obliterar dos registros históricos quase todos os traços dos reis de Amarna, entre eles Tutankhamon.
Ironicamente, essa tentativa de eliminar a memória dele acabou preservando Tutankhamon para sempre.
Menos de um século após ele morrer, a localização de sua sepultura havia sido esquecida. Oculta de saqueadores por outras edificações erguidas no mesmo local, ela permaneceu intacta até ser descoberta em 1922. Mais de 5 mil objetos foram encontrados no interior da tumba.
No entanto, os registros arqueológicos até hoje não conseguiram esclarecer os relacionamentos familiares mais próximos do faraó.
Afinal, de quem ele era filho?
O que aconteceu com a sua viúva, Ankhesenamon?
Os dois fetos mumificados achados no túmulo seriam filhos prematuros de Tut ou sinais de pureza para acompanhá-lo na vida após a morte?
Para esclarecer essas dúvidas, resolvemos analisar o DNA de Tutankhamon, assim como o de dez outras múmias que se supõe serem membros de sua família imediata. No passado, fui contra o estudo genético das múmias de faraós. A probabilidade de obter amostras viáveis e ao mesmo tempo evitar a contaminação delas com DNA moderno era por demais insignificante para justificar a manipulação desses restos mortais sagrados. Todavia, em 2008, vários geneticistas me convenceram de que as técnicas haviam sido aperfeiçoadas de tal modo que havia boa chance de conseguirmos resultados aproveitáveis.

Caixa revestida em marfim encontrada na tumba de Tutankhamon que mostra o faraó menino com a sua rainha evidenciando a muleta que ele usava - pesquisa urandir projeto portal 2015
Caixa revestida em marfim encontrada na tumba de Tutankhamon que mostra o faraó menino com a sua rainha evidenciando a muleta que ele usava – pesquisa urandir projeto portal 2015
Assim, foram montados dois laboratórios de sequenciamento genético, um deles no porão do Museu Egípcio do Cairo e o outro na Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo.
A pesquisa foi conduzida por dois cientistas egípcios, Yehia Gad e Somaia Ismail, do Centro Nacional de Pesquisa, também no Cairo. Decidiu-se ainda realizar tomografias computadorizadas de todas as múmias, sob a direção de Ashraf Selim e Sahar Saleem, da Faculdade de Medicina da Universidade do Cairo.
Três especialistas internacionais trabalharam como consultores: Carsten Pusch, da Universidade Eberhard Karls, de Tübingen, na Alemanha; Albert Zink, do Instituto Eurac, em Bolzano, na Itália; e Paul Gostner, do Hospital Central de Bolzano.
As identidades de quatro das múmias eram conhecidas: a do próprio Tutankhamon, que permanecia em seu túmulo no Vale dos Reis, e três múmias expostas no Museu Egípcio – a de Amenhotep III, e as de Yuya e Tuyu, os pais de Tiye, a rainha de Amenhotep III.
Entre as múmias não identificadas havia um homem achado em um misterioso túmulo no Vale dos Reis identificado como KV55. Os indícios arqueológicos e textuais sugeriam que se tratava provavelmente de Akhenaton ou de Smenkhkare.
A busca pela mãe e pela esposa de Tutankhamon concentrou-se em quatro múmias do sexo feminino não identificadas. Duas delas, apelidadas de “Dama Mais Idosa” e “Dama Mais Jovem”, haviam sido descobertas em 1898, desenroladas e colocadas no piso de uma câmara lateral da tumba de Amenhotep II (KV35), ocultas ali por sacerdotes após o fim do Novo Império, por volta de 1000 a.C. As outras duas múmias anônimas provinham de uma pequena tumba (KV21), também no Vale dos Reis, cuja arquitetura indicava ter sido feita na 18a dinastia. Ambas estavam com o punho esquerdo apoiado no peito, considerado um gesto próprio de rainhas.
Por fim, tentaríamos obter amostras de DNA dos fetos achados no túmulo de Tut – uma perspectiva pouco promissora, dado o estado deteriorado em que estavam. Caso conseguíssemos algo, teríamos as peças faltantes em um quebra-cabeça régio que abrange cinco gerações.
Quaisquer que fossem os defeitos de Tut, a imagem que nos legou é de uma perfeição resplandecente – a sua emblemática máscara funerária feita de ouro, metal considerado pelos antigos egípcios como a carne dos deuses.
A fim de obter mostras utilizáveis, os geneticistas extraíram tecidos de diferentes partes de cada múmia, sempre de
Feto de 7 meses encontrado na tumba de Tutankhamon ao lado de outro feto menor. Pelo menos um pode ter sido filho do faraó – arquivo
um nível profundo nos ossos, de modo a excluir por completo a possibilidade de contaminação pelo DNA de arqueólogos anteriores – ou mesmo dos sacerdotes egípcios que haviam feito a mumificação. Depois de extraídas as amostras, era preciso separar o DNA de outras substâncias indesejáveis, como unguentos e resinas, usadas na preservação do corpo. E, como o material de embalsamamento mudava de uma múmia para a outra, variavam os passos necessários para a purificação do DNA.
No centro desse estudo estava Tutankhamon. Se o processo de extração e isolamento fosse bem-sucedido, o DNA dele seria capturado sob a forma de uma solução líquida translúcida, pronta para ser analisada. Para nossa decepção, contudo, as soluções iniciais eram todas de coloração escura e opaca. Seis meses de trabalho duro foram necessários para descobrirmos uma forma de eliminar o contaminante – algum produto ainda hoje desconhecido no processo de mumificação – e conseguirmos uma amostra adequada para ser amplificada e sequenciada.
Mascara Funerária de Tutankhamon feita em ouro - perfeição resplandescente - pesquisa urandir projeto portal 2015
Mascara Funerária de Tutankhamon feita em ouro – perfeição resplandescente – pesquisa urandir projeto portal 2015
Depois de retirarmos também o DNA das três outras múmias masculinas – Yuya, Amenhotep III e o KV55 -, tentamos esclarecer a identidade do pai de Tutankhamon. Nessa questão crítica, os registros arqueológicos eram incertos.
Em várias inscrições de seu reinado, Tut refere-se a Amenhotep III como sendo o seu pai, mas isso não pode ser considerado conclusivo, pois o termo usado pode ser interpretado como “avô” ou “antepassado”.
Além disso, de acordo com uma cronologia aceita, Amenhotep III morreu uma década antes do nascimento de Tutankhamon.
Por muito tempo a identidade do pai de Tutankhamon foi um enigma. Um candidato é o faraó herético Akhenaton, que rejeitou os deuses oficiais para adorar uma única divindade
Muitos estudiosos estão convencidos de que seu pai foi, em vez disso, Akhenaton.
Em apoio a essa posição há um bloco quebrado de calcário com inscrições nas quais tanto Tutankhaton como Ankhesenpaaton são chamados de filhos amados do faraó. Como sabemos que Ankhesenpaaton era filha de Akhenaton, podemos deduzir que Tutankhaton (mais tarde Tutankhamon) também era filho dele. Porém, nem todos cientistas consideram tal indício conclusivo, e argumentam que o pai de Tut seria Smenkhkare. Sempre me inclinei à opção de Akhenaton, mas isso nunca passou de uma hipótese.
Faraó Herético Akhenaton que acreditava-se ser o pai de Tutankhamon - pesquisa urandir projeto portal 2015
Faraó Herético Akhenaton que acreditava-se ser o pai de Tutankhamon – pesquisa urandir projeto portal 2015
Uma vez isolado o DNA das múmias, seria simples comparar os cromossomos Y de Amenhotep III, do KV55 e de Tutankhamon, e ver se havia relação entre eles. (Indivíduos do sexo masculino aparentados exibem o mesmo padrão de DNA em seus cromossomos Y, pois essa parte do genoma masculino é herdada do pai.) Porém, esclarecer o relacionamento exato entre eles requeria um tipo mais sofisticado de comparação genética.
Ao longo dos cromossomos em nosso genoma existem determinadas regiões já mapeadas nas quais os padrões das letras do DNA – os As, Ts, Gs e Cs que compõem o nosso código genético – variam muito de uma pessoa para outra. Essas variações equivalem a quantidades distintas das sequências repetidas dessas mesmas letras.
Enquanto um indivíduo pode ter uma sequência de letras repetida dez vezes, outro não aparentado pode ter a mesma sequência repetida 15 vezes, um terceiro 20 vezes e assim por diante. Uma correlação entre dez dessas regiões variáveis é suficiente para o FBI concluir que o DNA colhido na cena de um crime e o DNA de um suspeito são idênticos.
Contudo, para reunir os membros de uma família separada há 3,3 mil anos, não é preciso tanto rigor quanto o exigido para solucionar um crime. Comparando apenas oito dessas regiões variáveis, nossa equipe foi capaz de determinar, com probabilidade superior a 99,99%, que Amenhotep III era o pai do indivíduo na KV55, o qual por sua vez era o pai de Tutankhamon.
Já sabíamos que estávamos diante do corpo do pai do faraó-menino – mas, por outro lado, ainda continuávamos ignorando quem era ele. Nossos principais suspeitos eram Akhenaton e Smenkhkare.
A tumba KV55 continha um depósito oculto de material que se imagina ter sido levado a Tebas por Tutankhamon de Amarna, onde Akhenaton (e talvez Smenkhkare) havia sido sepultado. Embora os cartuchos – as molduras oblongas em torno dos nomes do faraó – tenham sido obliterados no ataúde, ainda restaram epítetos associados apenas a Akhenaton.
A maior parte das análises forenses havia concluído que o corpo no interior do ataúde era de um homem de 25 anos de idade no máximo – ou seja, jovem demais para ser Akhenaton, que aparentemente teve duas filhas antes do início de seu reinado de 17 anos. Portanto, a maioria dos estudiosos desconfiava que aquela múmia pertencia ao enigmático faraó Smenkhkare.
Busto de Kiya uma das mulheres de Akhenaton - pesquisa urandir projeto portal 2015
Busto de Kiya uma das mulheres de Akhenaton – pesquisa urandir projeto portal 2015
A história registra que Akhenaton se casou tanto com a famosa Nefertiti quanto com uma mulher chamada Kiya, mas nunca foi dito que qualquer uma das duas fosse sua irmã.
Agora uma nova testemunha podia ser convocada para nos ajudar a resolver o mistério. A múmia da chamada Dama Mais Idosa (KV35EL) continua graciosa mesmo na morte, com seu longo cabelo ruivo que chega aos ombros.
Um fio havia antes se mostrado idêntico, em termos morfológicos, a uma mecha de cabelo achada em um dos pequenos ataúdes, encaixados uns nos outros, dentro do túmulo de Tutankhamon, e nele estava inscrito o nome da rainha Tiye, a esposa de Amenhotep III – e mãe de Akhenaton.
Akhenaton teria se casado com a famosa Nefertiti e também com outra mulher chamada de Kiya - arquivo de pesquisa urandir projeto portal 2015
Akhenaton teria se casado com a famosa Nefertiti e também com outra mulher chamada de Kiya – arquivo de pesquisa urandir projeto portal 2015
Ao comparar o DNA da Dama Mais Idosa com o das múmias dos pais conhecidos de Tiye, Yuya e Tuyu, comprovamos que era mesmo a rainha Tiye. E, graças a ela, seria possível verificar se a múmia KV55 era de fato seu filho.
Os exames de DNA confirmaram tal relação. Novas tomografias da múmia KV55 também revelaram uma degeneração, associada à velhice, na coluna vertebral, assim como osteoartrite nos joelhos e nas pernas. Constatou-se que ele morrera com idade mais próxima dos 40 anos que dos 25, como antes se pensava. Com a discrepância na idade solucionada, dava para concluir que a múmia KV55, o filho
de Amenhotep III e da rainha Tiye, e pai de Tutankhamon, pertence, quase com certeza, a Akhenaton. (Mas, como sabemos muito pouco a respeito de Smenkhkare, não há como excluí-lo de uma vez por todas.)
A rodada de tomografias das múmias também nos permitiu excluir a ideia de que a família sofria de uma enfermidade congênita, como a síndrome de Marfan, que poderia explicar os rostos alongados e a aparência feminilizada evidentes na arte do período Amarna. Nenhuma patologia foi detectada. Em vez disso, a aparência andrógina de Akhenaton parece ser consequência estilística de sua identificação com a divindade Aton, que era ao mesmo tempo masculina e feminina e por isso a fonte de toda a vida.
Um feto de pelo menos 7 meses estava na tumba de Tut, ao lado de outro feto menor. Um deles, ou ambos, pode ter sido filho do faraó-menino.
Desenho em pedra de calcáreo de Amarmna que mostra Akhenaton, Nefertiti e as filhas do casal sob os raios do disco solar - símbolo do Deus Aton - pesquisa 2015 urandir projeto portal
Desenho em pedra de calcáreo de Amarmna que mostra Akhenaton, Nefertiti e as filhas do casal sob os raios do disco solar – símbolo do Deus Aton – pesquisa 2015 urandir projeto portal
E quanto à mãe de Tutankhamon? Para nossa surpresa, o DNA da chamada Dama Mais Jovem (KV35YL), encontrada ao lado de Tiye na alcova da KV35, era semelhante ao do faraó-menino. Mais assombroso ainda, o DNA dela comprovou que, tal como Akhenaton, ela era filha de Amenhotep III e Tiye. Ou seja: Akhenaton havia tido um filho com a própria irmã. E o menino ficaria conhecido como Tutankhamon.
Em 1907, uma múmia deteriorada foi achada na KV55, uma tumba no Vale dos Reis onde havia uma confusão de objetos pertencentes a vários reis e rainhas do fim da 18ª dinastia.
Os epítetos régios no ataúde desfigurado sugeriam que o corpo em seu interior poderia ser de Akhenaton. Hoje os exames de DNA confirmam que a múmia pertence a um filho de Amenhotep III e da rainha Tiye – que se sabe serem os pais de Akhenaton – e é o pai de Tutankhamon.
Com essa descoberta, agora sabemos que é bem pouco provável que uma das esposas conhecidas de Akhenaton, seja Nefertiti, seja uma outra mulher chamada Kiya, fosse a mãe de Tutankhamon, pois nada no registro histórico diz que qualquer uma delas era irmã do faraó.
Múmia encontrada em 1907 no vale dos reis. Exames de DNA comprovam ser filho de Amenhotep III e da rainha Tiye que são os pais de Akhenaton, pai de Tutankhamon –
Conhecemos o nome das cinco filhas de
Amenhotep III e Tiye, mas provavelmente jamais saberemos qual delas teve um filho com o irmão, Akhenaton. O incesto não era incomum entre a realeza do Antigo Egito. Nesse caso, porém, creio que ele foi a semente que levaria à morte prematura do filho desse casal régio.
Um estela de calcário de Amarna retrata o faraó Akhenaton, sua mulher Nefertiti e as filhas do casal sob os raios do disco solar, símbolo do deus Aton. A filha mais velha, Meritaten, está entre os pais. Meketaten se equilibra em cima do joelho da mãe, e Ankhesenpaaton está em seu colo. Ankhesenpaaten viria a se casar com Tutankhamon e mudaria o nome para Ankhesenamon.
Os resultados de nossa análise de DNA, divulgados em fevereiro de 2010 no Journal of the American Medical Association, convenceram-me de que a genética pode ser um novo e poderoso instrumento para ampliar o entendimento da história egípcia, sobretudo quando associada a estudos radiológicos das múmias e aos indícios colhidos nos registros arqueológicos.
Segundo os exames de DNA, a múmia conhecida como “Dama Mais Jovem”, é ao mesmo tempo irmã da múmia KV55 – provavelmente Akhenaton
- e mãe do filho dele, Tutankhamon. (Os relacionamentos incestuosos não eram incomuns entre a realeza.) Provavelmente a Dama Mais Jovem é uma das cinco filhas de Amenhotep III e Tiye.
Agora identificado como avô de Tutankhamon, Amenhotep III reinou em meio ao esplendor há 3,4 mil anos. Sua múmia foi sepultada com imensos tesouros.
Isso se mostrou mais que evidente em nossa tentativa de entender a causa da morte de Tutankhamon. Quando iniciamos o novo estudo, Ashraf Selim e seus colegas toparam com algo que antes passara despercebido nas tomografias da
Testes de DNA mostram que essa múmia conhecida como DAMA Mais Jovem é irmã de Akhenaton e mãe do filho dele, Tutankhamon. Provavelmente ela seja filha de Amenhotep III e Tiye –
múmia: Tutankhamon tinha o pé esquerdo deformado, faltava um osso num dos dedos e os ossos de parte do pé estavam destruídos por uma necrose.
A má-formação do pé e a doença óssea teriam prejudicado sua capacidade de locomoção. Os estudiosos já haviam notado que, em sua tumba, foram achadas 130 bengalas, com algumas mostrando sinais claros de uso.
Alguns deles argumentaram que tais bastões eram símbolos comuns de poder e que a deformação no pé de Tutankhamon pode ter sido causada durante o processo de mumificação.
No entanto, nossa análise mostrou que havia ocorrido reconstituição óssea como reação à necrose, comprovando que ele foi afetado pelo problema ainda vivo.
Além disso, de todos os faraós, Tut é o único que, nas imagens, aparece sentado enquanto realiza atividades como atirar flechas ou arremessar lanças.
Esse não era um soberano que empunhava um bastão apenas como símbolo de poder. Era um jovem que precisava de bengala para andar.
Ataúdes achados na tumba de Tutankhamon - o menor tem inscrito o nome de Tiye contendo um cacho de cabelos - aruivo pesquisa urandir 2015
Ataúdes achados na tumba de Tutankhamon – o menor tem inscrito o nome de Tiye contendo um cacho de cabelos – aruivo
Embora incapacitante, a doença óssea de
Tutankhamon, por si mesma, não teria sido fatal. Submetemos sua múmia a exames visando a identificação de traços genéticos de várias enfermidades infecciosas. Hawass dúvidas de que os geneticistas fossem capazes de achar tais indícios – e se enganou.
Com base na presença de DNA de várias linhagens do parasita Plasmodium falciparum, é inegável que Tutankhamon sofria de malária – na verdade, o faraó contraíra inúmeras vezes a forma mais grave da doença.
Foi a malária que causou sua morte? É possível.
A doença pode desencadear uma reação fatal, com choque circulatório, hemorragia, convulsões, coma e óbito.
Porém, como salientado por outros cientistas, a malária era comum na região naquela época, e Tut pode ter adquirido imunidade parcial à doença.
Por outro lado, ela também poderia ter debilitado seu sistema imunológico, tornando-o mais vulnerável a possíveis complicações advindas da fratura não cicatrizada na perna que constatamos em 2005.
Na opinião de Hawass, contudo, a saúde de Tutankhamon já estava comprometida desde o momento em que foi concebido. O pai e a mãe dele eram irmãos.
O Egito dos faraós não foi a única sociedade na história a institucionalizar o incesto régio, que pode apresentar vantagens políticas. Mas irmãos que se casam entre si correm risco maior de transmitir cópias gêmeas de genes danosos, tornando seus filhos vulneráveis a vários defeitos congênitos. O pé malforma
Exames de DNA identificaram a múmia de Tiye, esposa de Amenhotep III e avó de Tutankhamon –
Amenhotep III identificado como avô de Tutankhamon - arquivo pesquisa urandir projeto portal 2015
Amenhotep III identificado como avô de Tutankhamon –
do de Tutankhamon pode ser resultado disso. Desconfiamos também que ele tinha uma fenda palatina parcial, outro defeito congênito. Talvez se debatesse com outros problemas desse tipo, até que um surto mais grave de malária, ou uma perna quebrada em acidente, tenha sido a gota d’água para um organismo em precário equilíbrio.
Entre os restos mortais ocultos na tumba KV35 havia uma múmia anônima chamada apenas de “Dama Mais Idosa”.
O exame de DNA identificou-a como a rainha Tiye, esposa de Amenhotep III, filha de Yuya e Tuyu, um casal que não fazia parte da realeza e foi achado em 1905, em um túmulo intacto.
Avó de Tutankhamon, Tiye foi embalsamada com o braço esquerdo dobrado sobre o peito – sinal de que era uma rainha.
É possível que haja outros testemunhos pungentes do legado do incesto régio, sepultados ao lado de Tutankhamon em seu túmulo. Embora os dados ainda estejam incompletos, nosso estudo sugere que um dos fetos mumificados que foram achados ali pode ser a filha do próprio Tutankhamon, e que o outro também seja filho dele.
Até agora, apenas conseguimos reunir dados parciais das duas múmias femininas da tumba KV21. Uma delas, identificada como KV21A, talvez seja a mãe dos natimortos e, portanto, a esposa de Tutankhamon, Ankhesenamon. Pelo registro histórico, sabemos que era filha de Akhenaton e Nefertiti – portanto, meia-irmã do marido. Outra consequência possível da endogamia é a dificuldade para levar a bom termo a gravidez, por causa de defeitos genéticos.
Estátua de Ankhesenamon meio irmã de seu marido - Tutankhamon - pesquis aurandir projeto portal 2015
Estátua de Ankhesenamon meio irmã de seu marido – Tutankhamon –
Portanto, talvez essa seja a conclusão da peça, com um jovem faraó e sua rainha tentando em vão dar à luz um herdeiro vivo ao trono do Egito. Entre os inúmeros e esplêndidos objetos sepultados com Tutankhamon há uma pequena caixa revestida de marfim na qual foi entalhada uma cena do casal régio. O rei Tut está apoiado em uma bengala enquanto a rainha lhe oferece um buquê de flores. Nessa e em outras imagens, eles parecem desfrutar de um amor sereno. O fracasso desse amor em dar frutos significou o fim não apenas de uma família mas de to
Uma das 130 bengalas encontrada no múmulo de Tutankhamon -evidência que ele tinha uma deficiência física - arquivo pesquisa urandir projeto portal Egito 2015
Uma das 130 bengalas encontrada no múmulo de Tutankhamon -evidência que ele tinha uma deficiência física – arquivo pesquisa
da a dinastia. Sabemos que, após a morte de Tut, uma rainha egípcia, provavelmente Ankhesenamon, fez um apelo ao rei dos hititas, os grandes inimigos do Egito, pedindo-lhe que enviasse um príncipe para desposá-la, pois “meu marido está morto, e não tenho filhos”. O soberano atende ao pedido, mas o seu filho morre antes de chegar ao destino. Na minha opinião, ele foi assassinado por Horemheb, o comandante dos exércitos de Tutankhamon, que depois acaba se apoderando do trono. Mas Horemheb também morre sem descendentes e deixa o trono a outro militar.
Esse comandante assume o poder com o nome de Ramsés I.
Tutankhamon era filho de uma união entre irmãos e sofria de uma má formação congênita no pe o que dificultava se
O novo faraó dá início a outra dinastia, que, sob o governo de seu neto, Ramsés II, vai conduzir o Egito a um novo auge de poder imperial. Mais que qualquer outro, esse soberano dedica-se a apagar da história todos os resquícios de Akhenaton, Tutankhamon e outros “heréticos” do período Amarna. Com nossas investigações, procuramos honrá-los e manter viva sua memória.
Filho de uma união entre irmãos, o faraó sofria de uma má-formação congênita no pé e de uma doença óssea que lhe dificultavam a locomoção.
O casamento endogâmico pode ter causado a deformidade e até mesmo impedido que tivesse herdeiros com a esposa, que provavelmente era a sua meia-irmã.
Ao ser descoberta em 1817, a tumba KV21 continha duas múmias femininas. Mais tarde, porém, elas foram destroçadas por vândalos.
Resultados de exames de DNA sugerem que a múmia sem cabeça talvez seja a mãe de um dos fetos no túmulo de Tutankhamon. Caso isso se confirme, trata-se de Ankhesenamon, uma das filhas de Akhenaton e a única esposa conhecida de Tutankhamon.
Artigo original: Zahi HawassAntigo Egito - Pesquisador UrandirO Antigo Egito foi uma civilização da Antiguidade oriental do Norte de África, concentrada ao longo do curso inferior do rio Nilo. Era parte de um complexo de civilizações, as “Civilizações do Vale do Nilo”, do qual também faziam parte as regiões ao sul do Egito, atualmente o Sudão, Eritreia, Etiópia e Somália. Tinha como fronteiras o Mar Mediterrâneo, a norte, o Deserto da Líbia, a oeste, o Deserto Oriental Africano a leste, e a primeira catarata do Nilo a sul.
O Antigo Egito foi umas das primeiras grandes civilizações da Antiguidade e manteve durante a sua existência uma continuidade nas suas formas políticas, artísticas, literárias e religiosas.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3 150 a.C.3 com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer), e se desenvolveu ao longo dos três milênios seguintes. Sua história desenvolveu-se ao longo de três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade econômica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. O Antigo Egito atingiu o seu auge durante o Império Novo (1 550 a.C – 1 070 a.C.), uma era cosmopolita durante a qual, graças às campanhas militares do faraó Tutmés III, o Egito dominou, uma área que se estendia desde a Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do rio Nilo, até ao rio Eufrates, tendo após esta fase entrado em um período dpirâmide social Egito - Pesquisador Urandire lento declínio. O Egito foi conquistado por uma sucessão de potências estrangeiras neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 31 a.C., quando o Egito caiu sob o domínio do Império Romano e se tornou uma província romana, após a derrota da rainha Cleópatra VII na Batalha de Áccio.
O sucesso da antiga civilização egípcia deve-se em parte à sua capacidade de se adaptar às condições do Vale do Nilo. A inundação previsível e a irrigação controlada do vale fértil produziam colheitas excedentárias, o que alimentou o desenvolvimento social e cultural. Com recursos excedentários, o governo patrocinou a exploração mineral do vale e nas regiões do deserto ao redor, o desenvolvimento inicial de um sistema de escrita independente, a organização de construções coletivas e projetos de agricultura, o comércio com regiões vizinhas, e campanhas militares para derrotar os inimigos estrangeiros e afirmar o domínio egípcio. Motivar e organizar estas atividades foi uma tarefa burocrática dos escribas de elite, dos líderes religiosos, e dos administradores sob o controle de um faraó que garantiu a cooperação e a unidade do povo egípcio, no âmbito de um elaborado sistema de crenças religiosas.Baixo Egito mapa - Pesquisador Urandir
As muitas realizações dos antigos egípcios incluem o desenvolvimento de técnicas de extração mineira, topografia e construção que permitiram a edificação de monumentais pirâmides, templos e obeliscos; um sistema de matemática, um sistema prático e eficaz de medicina, sistemas de irrigação e técnicas de produção agrícola, os primeiros navios conhecidos, faiança e tecnologia com vidro, novas formas de literatura e o mais antigo tratado de paz conhecido, o chamado Tratado de Kadesh. O Egito deixou um legado duradouro. Sua arte e arquitetura foram amplamente copiadas e suas antiguidades levadas para os mais diversos cantos dMapa do antigo Egito - Pesquisador Urandiro mundo. Suas ruínas monumentais inspiraram a imaginação dos viajantes e escritores ao longo de séculos. O fascínio por antiguidades e escavações no início do Idade Contemporânea esteve na origem da investigação científica da civilização egípcia e levou a uma maior valorização do seu legado cultural.

DinastiasNossos próximos artigos falaremos sobre a história do Egito Antigo e detalhar suas dinastias. Mas para começar, o que é uma “dinastia“?
Dinastia é uma sequência de governantes considerados como membros da mesma família. Historiadores consideram tradicionalmente muitos estados soberanos da história num quadro de sucessivas dinastias, por exemplo, o Antigo Egito, Império Persa, e a China Imperial. Grande parte da história política europeia é dominada por dinastias, como os Carolíngios, Capetianos, Bourbons, Habsburgos, Stuarts, Hohenzollerns e os Romanovs.
Cronologia – Dinastias
A cronologia egípcia está em constante modificação devido as novas descobertas que são realizadas (tanto arqueológicas, como tecnológicas).
Em alguns períodos, suas datas são aproximadas. Geralmente para realizar o cálculo dos anos, fontes antigas como a Lista Real de Abydos e o Papiro Real de Turim são de suma importância. A maioria dos nomes possuem mais de uma forma de escrita.
Os nomes dos governantes até a XVIII dinastias também não são muito confiáveis pois não há registros exatos dessa época.
É comum, dessa forma, encontrarmos referências e listas de faraós bem diferentes entre si.
A grafia também pode variar dependendo da fonte, por exemplo, a Lista real de Abydos pode também aparecer como Lista Real de Abidos.
Lista Real de Abydos ou Abidos
Lista Real de Abidos é a designação dada a uma lista existente numa parede de um corredor do templo de Seti I em Abidos, na qual foram gravados 76 nomes de faraós que governaram o Antigo Egipto.
A lista inicia-se com Menés e termina no próprio Seti I.
Para saber mais sobre a Lista de Abidos clique aqui.

Papiro de Turim ou Cânone Real de Turim
Fragmento do Papiro Real de Turim - Pesquisador UrandirO Papiro de Turim ou Cânone Real de Turim, também conhecido como Lista de Reis de Turim ou Papiro Real de Turim, é um papiro com textos em escrita hierática, custodiado no Museu Egípcio de Turim, ao qual deve o seu nome.
Para saber mais sobre o Papiro Real de Turim clique aqui.



Lista de Maneton

Aegyptiaca - Maneton  - Pesquisador UrandirMâneton ou Manetão foi um historiador e sacerdote egípcio natural de Sebenitos (em egípcio antigo, Tjebnutjer) que viveu durante a era ptolemaica durante aproximadamente o século III a.C., embora alguns historiadores afirmam que ele seria natural de Roma, e teria escrito sua obra por volta de 200 d.C.
Mâneton escreveu a Aegyptiaca (História do Egito), em grego e aparentemente encorajado pelo primeiro Ptolemeu a obra tem grande interesse para egiptólogos, e que frequentemente é utilizada como evidência para a cronologia dos faraós. A referência mais antiga à sua obra foi feita pelo historiador judeu Josefo em sua obra Contra Ápion.
Mâneton tinha conhecimento dos registros antigos, e o seu texto foi largamente baseado neles, mas ele inclui também algumas lendas populares egípcias. Quando Mâneton menciona as lendas, ele assim o diz, mostrando os casos em que sua fonte não eram os documentos.
Quer saber mais sobre Maneton?

Hecateu de Abdera

O historiador grego, Hecateu de Abdera, que viveu no tempo do primeiro Ptolemeu, escreveu uma história do Egito, Aegyptiaca, escreveu baseado em informações locais, mas muito do seu texto foi inventado, de forma a apresentar aos gregos uma versão idealizada do Antigo Egito. Hecateu deu aos gregos o que eles queriam. Mâneton, com sua listagem seca de dinastias de deuses e reis, não tinha chance de competir com a versão romanceada de Hecateu.
Hecataeus de Abdera foi historiador e filósofo cético que escreveu no século IV a.C . Ele foi contemporâneo de Alexandre, o Grande e Ptolomeu I. Ele era um discípulo de Pirro . Ele gozava de grande reputação pelo seu vasto conhecimento. Ele viveu no Egito e viajou o Nilo para Tebas (Egito) . Ele escreveu uma “História do Egito,” a “História da Filosofia” no Egito (talvez a primeira parte do trabalho) e “História dos Judeus”. O Suid com os atributos também funciona em Homer e Hesíodo

tabela dinastias - Pesquisador UrandirExiste alguma relação entre as pirâmides do Egito e as da América?
Muito antes de os espanhóis conquistarem o Peru, no século 16, a misteriosa cidade de Tiahuanaco já se encontrava em ruínas. Antes de os incas serem dizimados pelos europeus, conheciam ferramentas de pedra e usavam as lhamas como animais de carga. Tiahuanaco erguia-se onde hoje é a fronteira entre o Peru e a Bolívia, e os homens a construíram a 5 mil metros de altitude carregando por 40 quilômetros blocos de cem toneladas.


Esses blocos eram colocados um em cima do outro como as pirâmides de Gizé, e hoje ainda restam três grandes monumentos por lá: uma fortaleza, um templo e o conhecido Palácio das Dez Portas. Ao que tudo indica, no tempo dos conquistadores havia muito mais construções, que foram destruídas para aproveitarem as pedras em outros usos: casas, igrejas, prédios da administração colonial etc.

Em Tiahuanaco há a Pirâmide de Akapana (foto abaixo, comparada com as Pirâmides do Egito), feita pelos incas, com 150 metros de largura, 210 metros de comprimento e 20 metros de altura. O maior bloco de pedra talhada no mundo está nesse monumento, com cerca de 200 toneladas!



De acordo com os historiadores, a cidade perdida começou a ser erguida por volta do ano de 450 já da nossa era, concluindo por volta do ano 700, pouco antes de os primeiros vikings chegarem à América através da Groenlândia. Apesar dos conhecimentos históricos e arqueológicos, no Peru a cidade de Tiahuanaco ainda é repleta de enredos folclóricos e míticos.

Um foco antropológico...
Há uma linha de pesquisas da antropologia chamada Difusionismo, que acredita na transmissão de conhecimentos de uma sociedade para outra através de contatos – guerras, conquistas, vizinhanças, comércio etc. – e, dessa maneira, o alfabeto e outras técnicas materiais teriam se multiplicado em sociedades diferentes.

Para alguns difusionistas, de uma maneira ou de outra, existe uma espécie de ligação entre as pirâmides do Egito e as mesoamericanas (do Peru, da Bolívia e do sul do México). Isso porque as formações geométricas são as mesmas (piramidais) e com funções parecidas (adoração religiosa, observatório astronômico e realização de sacrifícios). No entanto, vale lembrar que as Pirâmides do Egito eram tão-somente sepulturas dos grandes faraós.


Quem descarta essa possibilidade difusionista aponta que há um hiato histórico muito grande de 2 mil anos entre as construções egípcias e as americanas. Além de não haver prova documental de que os egípcios teriam chegado à América (uma vez que esse povo tinha uma sistemática documental muito grande, registrando inclusive até as suas derrotas em guerras locais
QUEM CONSTRUIU AS PIRÂMIDES ? 
                                Escrito por Renato Maschetto
Uma das perguntas que eu mais recebo por e-mail é essa (ao lado da famosa "E aí, tá tomando mais hibisco?"...humpf...). E as teorias são as mais variadas e bizarras possíveis: foram deuses que as construíram; foram os extraterrestres; foi o povo da Atlântida...
Ainda me lembro de um gibi do Tio Patinhas que li há uns XX anos atrás, e tinha uma estória sobre a construção das pirâmides, e lá atribuía-se os méritos a uma poção que os egípcios tomavam que lhes conferiam poderes telecinéticos, ou seja, moviam os blocos com a força do pensamento. Aliás, era uma estória produzida na Itália, e me recordo que as italianas eram as melhores estórias de aventura, ao lado das mais bem humoradas serem as brasileiras (era fácil perceber a diferença através do traço do desenho)...mas, enfim, estamos falando de uma história em quadrinhos, certo ?
Coincidentemente (ou não?), na semana passada saiu uma matéria no "The Egyptian Gazette", o jornal que leio aqui, sobre a construção das pirâmides ! A matéria foi escrita pelo arqueólogo e egiptologista Dr. Zahi Hawass, Secretário Geral do Conselho Supremo de Antiguidades e Diretor de Escavações das Pirâmides de Giza. Ahn, será que ele conhece "um pouquinho" do assunto ???
 
 Traduzi o texto e o coloco aqui, a fim de mostrar o ponto de vista "menos sensacionalista" dos estudiosos:
"The Egyptian Gazette
Segredos da Areia:
Quem construiu as pirâmides ?
Por Zahi Hawass 
Muitas pessoas ao redor do mundo acreditam que a Grande Pirâmide de Quéops foi construída pelos homens da mítica Atlântida. Outros têm diferentes teorias, envolvendo alienígenas do espaço, por exemplo. Nenhuma dessas explicações tem base científica. Portanto, quando enviamos um robô dentro de uma das passagens da Grande Pirâmide, eu gostaria que todos soubessem que não estamos escondendo nada. Eu estive escavando em Giza com meu amigo Mark Lehner nos últimos 20 anos, e nós não encontramos nenhuma evidência que prove qualquer uma dessas teorias. 
Por outro lado, descobrimos túmulos de nobres, oficiais, e sacerdotes que serviram os reis egípcios no Reito Antigo. E descobrimos os túmulos e casas dos homens e mulheres que construíram as pirâmides para esses reis. Esses túmulos e casas provam que as pirâmides foram construídas por egípcios, não por pessoas de uma civilização perdida. Nos túmulos, encontramos nomes e títulos de muitos construtores de pirâmides. Os nomes são egípcios, e têm títulos como "verificador do lado da pirâmide", e "verificador dos trabalhadores que carregam as pedras". Ao redor, há alojamentos de trabalhadores, refeitórios, e um enorme prédio administrativo. Cerca de 55 trabalhadores dormiam em cada alojamento, e 11 vacas e 33 cabras, suficientes para alimentarem 10.000 trabalhadores, eram preparadas diariamente
Havia um núcleo permanente de artesãos e supervisores em Giza. Mas as pirâmides foram construídas com o apoio de utensílios de todo o país. As famílias enviavam seus jovens para auxiliarem nas construções, e em troca recebiam abonos em taxas e impostos. Acredita-se que os trabalhadores temporários eram trocados a cada 3 meses.
Trabalhavam do alvorecer ao pôr-do-sol, por 10 dias seguidos com 1 de descanso, mais os feriados. Obviamente, trabalhavam pesado, e seus ossos evidenciam o desgaste físico. Mas eram bem tratados, com serviço médico disponível. Um homem vivia por até 14 anos após ter sua perna amputada. 
As pirâmides foram construídas por egípcios. Esses homens e mulheres devem ter se orgulhado de terem feito parte de um projeto nacional, construindo monumentos eternos para seus Reis-Deuses." 
Aí está o relato dos profissionais. Mas nada impede os místicos e os demais curiosos de continuarem imaginando seus ETs, suas civilizações perdidas, não é mesmo ?
E aí vão mais 2 fotos que consegui do interior da Grande Pirâmide de Quéops. A 1a é do grande corredor que leva à câmara mortuária; a 2a é a câmara propriamente dita, com a caixa onde era colocado o sarcófago:
 
 
E o Ramadan continua. O trânsito é infernal até umas 17h. Depois disso, acho que a terra abre e engole os carros. O iftar (quebra do jejum) começa lá pelas 17:45h, e aí, lá pelas 19h, a terra regurgita os veículos e a zona continua... 
Ponto interessante: todos os restaurantes colocam mesas e cadeiras nas ruas e servem o iftar aos pobres e pedintes que estiverem por lá, gratuitamente, todo dia. E, na frente da maioria das lojas e estabelecimentos, amigos e parentes se reúnem para comerem juntos e, como não há cadeiras para todos, sentam no chão e fazem sua refeição, tranquilamente. É uma cena difereza


A história da África do Sul é uma das grandes histórias mau contadas do mundo. Ela permaneceu um mistério guardado por tradicionais guardiões do conhecimento e xamãs africanos por milhares de anos. Mas em 2003, tudo mudou com a descoberta acidental de um calendário de pedra antigo, que causou uma reação em cadeia de eventos, o que nos levou a decodificar uma das maiores peças que faltavam sobre as nossa origem humana e a atividade dos Anunnakis no planeta Terra.
Muitos livros de história e estudiosos nos disseram que a primeira civilização na Terra surgiu em uma terra chamada Suméria, cerca de 6.000 anos atrás. Esta civilização suméria deixou para trás um relato detalhado da atividade humana em milhões de tabuletas de argila que continuam a revelar o crítico comportamento humano e descreve a relação entre os deuses Anunnaki e o povo da Suméria.
Reconstrução 3D do calendário de Adão - arquivo de pesquisa urandir 2015
Reconstrução 3D do calendário de Adão – arquivo de pesquisa
Mas as descobertas arqueológicas, que começaram em 2003 sugerem que os sumérios pode ter herdado muito do seu conhecimento a partir de uma civilização que surgiu há milhares de anos antes, na África do Sul, já discutida como sendo o berço da humanidade. Estas descobertas também sugerem que as mesmas divindades, que se tornaram conhecidas como os Anunnaki através das obras de Zecharia Sitchin e muitos outros autores, foram também muito ativas na vida dos povos da África do Sul, a mais de 200.000 anos atrás.
Em 2003, um estranho arranjo de grandes pedras que foram cuidadosamente plantadas na beira de um penhasco perto da cidade de Kaapschehoop na África do Sul, foi descoberto por Johan Heine enquanto pilotava seu avião. Depois de voltar ao mesmo ponto no dia seguinte, para ver o local do chão, ele imediatamente percebeu que este não era um arranjo comum, nem um arranjo natural de monólitos, e assim começou um processo de medições e cálculos que durou vários anos. Sua análise meticulosa mostra claramente que este era um antigo calendário que está alinhado com os movimentos do sol, dos solstícios e equinócios, e que ainda pode marcar cada dia do ano, pelo movimento das sombras projetadas na superfície plana do calendário de pedra no centro do local.
Mas como é com muitos locais antigos, incluindo Stonehenge, o aspecto do calendário
Um dos maiores mistérios dessas antigas ruínas é o grande propósito de seu projeto. Observe o alinhamento e posicionamento - arquivo urandir 2014
Um dos maiores mistérios dessas antigas ruínas é o grande propósito de seu projeto. Observe o alinhamento e posicionamento –
não é o principal objectivo desta estrutura, mas meramente uma funcionabilidade embutida na construção. Descobrimos funções mais profundas e misteriosas que só se tornou evidente depois de muitas medições eletrônicas e científicas vários anos mais tarde.
Através de seu alinhamento com as estrelas e do movimento do sol, este Stonehenge Africano que
Tellinger nomeu “Calendário de Adão” teve pela primeira vez, criado uma referências para as inúmeras outras ruínas de pedra do sul da África, e sugere que estas ruínas são muito mais velhas do que que inicialmente se pensava, e nos obriga a começar a repensar as atividades dos seres humanos primitivos no chamada “Berço da Humanidade”.
A descoberta do local deste calendário não era novidade para Johan Heine, que já tinha passado pelo menos 15 anos fotografando misteriosas estruturas circulares de pedra espalhadas pelas montanhas e vales da África do Sul. Estas ruínas circulares de pedra tornaram-se carinhosamente conhecidas como os “círculos de pedra” e elas estão espalhados em grandes aglomerados ao longo do todo o subcontinente, que inclui a África do Sul, Zimbabwe, Botswana e partes de Moçambique. O complexo que liga Nelspruit, Waterval Boven, Machadodorp, Carolina, Badplaas, Dullstroom e Lydenburg, e tem um raio de aproximadamente 60 km, cobrindo uma área maior que a atual cidade de Los Angeles, surgiu como a maior e mais misteriosa cidade antiga em Terra.
Visão interna do calendário de Adão mostrando que linha norte-sul cruza as pedras centrais - arquivo de pesquisa urandir 2015
Visão interna do calendário de Adão mostrando que linha norte-sul cruza as pedras centrais – arquivo de pesquisa
A descoberta de uma estátua de pássaro que lembra Horus esculpida em dolerite(rocha ígnea e escura), uma pequena esfinge com cerca de 1,5 metros de comprimento esculpida na mesma rocha de dolerite, e um petroglifo de um disco alado, muitas esculturas sumérias que cruzam em círculos e a cruz de ansata (usada no egito como símbolo da vida) em um círculo de eradiação que sugere que o protótipo das civilizações suméria e egípcia tiveram suas origens na África do Sul milhares de anos antes de elas surgiram no norte.Tellinger, após encontrar com Johan Heine no início de 2007, foi convidado por ele, junto com um grande grupo dos mais altos estudiosos no campo da arqueologia, história e geologia de várias universidades sul-africanas, para experimentar a vista espetacular das ruínas de um helicóptero, um evento que durou uma semana inteira. Embora esta era uma oportunidade incrível de uma visão privilegiada de cima dos círculos de pedra, no dia do evento, Tellinger foi o único a chegar. E assim, somele ele ganhou uma nova perspectiva e tornou-se o que levou a tocha da pesquisa e da investigação futura.
Seis anos de pesquisa por um grupo de cientistas e exploradores independentes entregou o que podem ser os elementos cruciais que faltavam na nossa compreensão da vida e do desenvolvimento dos seres humanos modernos. A descobertas foram registradas em dois livros – Calendário de Adão e os Templos Africanos dos Anunnaki e  A Cidade Perdida de Enki. Mas a pesquisa mostrou também que esses assentamentos de pedra que representam as estruturas mais misteriosas e incompreendidas encontradas até o momento. Elas apontam para uma civilização que viveu no extremo sul da África, mineraram ouro por mais de 200 mil anos e, em seguida, completamente e repentinamente, desapareceram do radar. Podemos estar olhando para as atividades da mais antiga civilização na Terra.
Johan Heine mostra a sombra que se move da esquerda para a direita no calendário de pedra, mostrando a marcação dos dias do ano dos solsticios e do solsticio de inverno - arquivo pesquisa urandir
Johan Heine mostra a sombra que se move da esquerda para a direita no calendário de pedra, mostrando a marcação dos dias do ano dos solsticios e do solsticio
Mal sabia Tellinger que, quando nomeou o calendário de pedra recém-descoberto como “Calendário de Adão” o quão perto da verdade ele estaria. Isso só foi revelado a Tellinger pelo preeminente Zulu Shaman Credo Mutwa uns 2 anos depois, quando ele disse que ele foi iniciado no local, em 1937, como um jovem xamã, e que este local é conhecido pelos detentores de conhecimentos africanos como “Inzalo Ye Langa”  ou “lugar de nascimento do Sol”, em que “o céu acasalado com a mãe terra” e onde a humanidade foi criada pelos deuses.
Mas Credo foi ainda mais longe em sua explicação detalhada sobre o significado profundo do local quando ele explicou que não era um deus qualquer, dos tempos antigos que criaram a humanidade, mas especificamente uma divindade que se conhecem em Zulu como “Enkai”, a mesmo divindade conhecida como ENKI nos textos sumérios. Isso produz uma visão totalmente nova em nossa compreensão dos
Anunnakis na Terra e as “impressões digitais” que deixaram, não só em ruínas de pedra antiga, mas também na manipulação genética e na criação da raça humana. Estas impressões digitais já foram muito claramente expostas na nossa composição genética pelo brilhante trabalho de William Brown, um biólogo molecular e geneticista de grande renome que faz parte da equipe de pesquisa da  Fundação de Pesquisa do Projeto de Ressonância Nassim Haramein, na ilha de Kauai.
Alinhamentos Fora de sincronia
Vista aérea do local do calendário de Adão na escarpa Transvaal - todos os monólitos são de rocha dolerite que não se sabe a origem-arquivo pesquisa urandir 2015
Vista aérea do local do calendário de Adão na escarpa Transvaal – todos os monólitos são de rocha dolerite que não se sabe a origem
Após iniciar o estudo do Calendário de Adão, descobriu-se que tanto o norte, o sul, o leste e o oeste,  estão desalinhados em 3 graus,  17 minutos e 43 seg no sentido anti-horário. Esta pode ser uma descoberta crítica sobre tempos turbulentos na Antiguidade, porque essa é uma prova irrefutável que o alinhamento norte-sul hoje da Terra, não era o mesmo quando o calendário foi construído. É uma prova irrefutável de que nosso planeta passou por um deslocamento da crosta, ou algo nesse sentido, tendo o alinhamento pólo norte-sul com ele. A teoria do deslocamento da crosta terrestre foi proposta pelo cientista Charles Hapgood e fortemente apoiada por Albert Einstein. O Calendário de Adão nos dá a prova geofísica que tais eventos ocorreram realmente. O que não sabemos no entanto, nesta fase, é quando essa mudança aconteceu.
Antigas ruínas misteriosas da África do Sul.
Até Tellinger começar sua pesquisa, em 2007, era geralmente aceito pelos estudiosos que existem cerca de 20 mil ruínas de pedra antigas espalhados pelas montanhas do sul da África. Os historiadores modernos têm especulado sobre as origens dessas ruínas, muitas vezes chamando-os de “curral de gado de pouca importância histórica”. A verdade dessa questão é que quanto mais próximo de uma precisa avaliação científica, mais se ilustra um novo cenário completamente diferente e surpreendente sobre a história antiga destas ruínas de pedra. A realidade científica é que nós realmente sabemos muito pouco sobre essas espetaculares ruínas antigas e é uma grande tragédia que milhares já foram destruídas e continuam a ser destruídas por pura ignorância pelas linhas de energia, pela silvicultura, pelos municípios, pelos agricultores e pelos novos empreendimentos imobiliários.
Apesar da erosão, esta formação circular de um calendário de adão ainda pode ser vista numa imagem de satélite, percebendo-se os 2 monólitos principais no centro-arquivo de pesquisa urandir
Apesar da erosão, esta formação circular de um calendário de adão ainda pode ser vista numa imagem de satélite, percebendo-se os 2 monólitos principais no centro-
Depois das explorações pessoais a pé e sobrevoando as ruínas, Tellinger estimou o número de antigas ruínas de pedra para ser bem mais de 100.000. Este valor foi confirmado pelo Prof. Revil Mason em janeiro de 2009. Mas, depois de fazer uma contagem extensa no Google Earth e outras fotografias aéreas, concluiu que há pelo menos um escalonamento 10 milhões destas ruínas circulares. O mistério se aprofundou quando se descobriu que elas não têm portas ou entradas em sua forma original e, portanto, não poderiam ter sido habitações. Todas elas eram originalmente ligadas pelo que hoje chamamos de canais – (que nossos livros de história chamam de estradas que as tribos levaram seu gado) – e também são cercadas e conectados a uma rede permanente de terraços agrícolas, que cobrem mais de 450.000 quilômetros quadrados. Isso aponta claramente para uma vasta civilização desaparecida que cresceu circularmente em uma escala gigantesca.
O Problema da População
Pequena seção de uma grade de energia que se extende por mais de 450 mil Km quadrados ligados por canais que só podem ser vistos de cima,não são visíveis da terra - arquivo de pesquisa urandir
Pequena seção de uma grade de energia que se estende por mais de 450 mil Km quadrados ligados por canais que só podem ser vistos de cima,não são visíveis da terra –
Isto imediatamente gera um enorme problema para os arqueólogos, antropólogos e historiadores, porque a história aceita nesta parte do planeta não faz, a qualquer momento no passado, referencias a pessoas próximas o suficiente dali  para ter construído este número de estruturas. Isso se torna ainda mais complexo quando você percebe que estas não eram estruturas isoladas apenas deixadas para trás por caçadores imigrantes, mas um gigantesco complexo de estruturas circulares todas ligados por estranhos canais e suspensas  em uma teia infindável de terraços agrícolas. Se fôssemos considerar que foram residências, isso sugeriria uma população de pelo menos 10 milhões de pessoas – o que é inimaginável para a maioria de nós hoje.
Antigas Minas de Ouro
É importante perceber que as misteriosas ruínas do sul da África, que incluem a Grande Zimbabwe e milhões de ruínas semelhantes nesse país, também se estendem para áreas vizinhas, como Botswana, Namíbia, Zâmbia, Quénia e Moçambique. Mas por que esses povos antigos aqui neste primeiro lugar? O que eles estavam fazendo?
Os últimos 200 anos temos visto uma série de exploradores escreverem com grandes detalhes sobre essas ruínas, mas os seus resultados têm sido largamente esquecidos e seus livros estão esgotados. A maioria destes primeiros exploradores escrevem sobre milhares de poços de minas antigas encontrados muito próximos a estas ruínas. Na verdade, a maior parte destas minas foram descritas como minas de ouro, cobre, estanho e de ferro. Na pesquisa pessoal de
Tellinger, ele encontrou pelo menos 25 antigos poços de minas em áreas ricas em ouro e foi comentado também sobre dezenas a mais pelos agricultores em toda a África do Sul. Minas antigas cobertas por 30 metros de solo têm sido relatadas por pelo menos dois mineiros nos anos 30, na província de Limpopo e mais de 75.000 minas foram relatados por empresas geológicas em Mpumalanga. Parece que a mineração de ouro vem acontecendo lá por muito mais tempo do que a maioria de nós jamais imaginou.
Ann Kritzinger, um geólogo da Universidade do Zimbabwe tem demonstrado em diversos estudos que muitas das ruínas do Zimbabua foram utilizadas mais provavelmente para  a finalidade de extrair e purificar o ouro – e não eram poços de escravos, poços de animais ou poços de grãos como é muitas vezes sugerido por ignorantes estudiosos.
Este monólito de um calendário de Adão foi removido em 1994 e agora está no portal de entrada de uma reserva natural - observe a formação de pátina em sua superfície - arquivo urandir 2015
Este monólito de um calendário de Adão foi removido em 1994 e agora está no portal de entrada de uma reserva natural – observe a formação de pátina em sua superfície –
A presença de garimpeiros dravidianos é mostrado em grande detalhe pelo Dr. Cyril Hromnik em seu surpreendente livro “Indo Africa” ​​1981 – que mostra em grandes detalhes as façanhas do povo MaKomati – os Hindus Dravidianos – que estavam lá no sul da África minerando ouro, em tempos mais longes que  2000 anos atrás e, provavelmente, ainda mais para trás no tempo.
Sumeria e Abantu
As referências para a civilização suméria na África do Sul simplesmente não podem ser ignoradas ou apagadas. Elas podem até mesmo ser traçada com a etimologia nos nomes e origens dos povos indígenas. A evidência mais óbvia são as origens misteriosas da palavra “Abantu”, o nome comumente usado para descrever os negros sul-africanos. De acordo com o Credo Mutwa, o nome é derivado da deusa suméria Antu. “Abantu” significa simplesmente as crianças ou pessoas de Antu.
Geração de Energia – o conhecimento antigo
Extensas medições eletrônicas em 2011 mostraram que as ruínas circulares de pedra são de fato dispositivos de geração de energia, usando o som natural que emana da superfície da Terra, criando campos electromagnéticos, como resultado da amplificação sonora. A forma das ruínas circulares são todas muito específicas e únicas, pois cada círculo representa a escala cromática da energia sonora como ela aparece na superfície da terra naquele ponto. Esta energia era amplificada por uma simples conhecimento dos harmônicos e utilizadas da mesma forma que nós geramos LASER e tecnologia de canhão de SASER atualmente. Estruturas em forma de magnetrons gigantes sugerem que isso era muito bem compreendida pelos antigos. Tellinger mediu essas energias espetaculares e ondas eletromagnéticas e, portanto, não hesitou em fazer essas considerações. Algumas das frequências sonoras entram em níveis de frequência extremamente elevados de Giga (mais de 380 Giga Hertz), que são inéditos na Terra hoje em qualquer aplicação normal.
O fato de que esses círculos são todos ligados pelos canais de pedra deixa muito claro para qualquer cientista que trabalha com energia elétrica ou energia, que o complexo círculo de pedra é uma grade gigante de geração de energia, que foi provavelmente mais utilizado no setor de mineração e processamento de ouro em um escala inimaginável para nós hoje.
Antigos terraços que cercam as largas complexas estruturas e cobrem mais de 450 mil km quadradros - arquivo de pesquisa urandir 2015
Antigos terraços que cercam as largas complexas estruturas e cobrem mais de 450 mil km quadradros –
Datação das ruínas e artefatos
Este é um aspecto crítico da pesquisa de Tellinger e existem vários métodos que se teve que recorrer, porque não podemos usar a datação por carbono para estabelecer a idade de pedras. Nem podemos assumir que a cerâmica ou outros artefatos encontrados nas ruínas foram deixados para trás pelos arquitetos. As diversas ferramentas e artefatos que Tellinger recolheu para o pequeno museu em Waterval Boven são muito originais e muito misteriosas – tudo feito de pedra. Todas elas parecem exibir propriedades acústicas fortes e pode-se chamá-las de “pedras que soam como sinos”. Esta foi a constatação de que levou Tellinger a descobrir que o som teve um papel fundamental na construção das ruínas e do uso das energias que eles criam. Uma das técnicas mais óbvias que Tellinger usou na determinação da possível idade das ferramentas, é o crescimento da pátina que se forma sobre a rocha. O tipo de pátina ou película que cresce nesses artefatos, cresce a um ritmo muito lento, que é estimada em cerca de mil anos, por camada microscópica. Em outras palavras, no momento em que a pátina é visível a olho nu, ela  já tem alguns milhares de anos. A maioria das peças na coleção de Tellinger está completamente coberta de pátina com vários milímetros de espessura, o que sugere que estas ferramentas antigas devem posuir bem mais do de 100.000 anos de idade ou mesmo até substancialmente mais velhas.
Concluindo então, estamos no limiar de uma nova descoberta que irá expor grandes surpresas e desvendar uma grande parte oculta da história humana. Após o lançamento de seu  livro UBUNTU Contributionism – Um modelo para a prosperidade humana,
Tellinger irá terminar o seguimento da pesquisa dos Templos africanos dos Anunnakis que conterá todas as últimas descobertas e conclusões que Tellinger chegou a respeito das civilizações desaparecidas de África do Sul até o momento.
Deus no momento da criação em uma representação de um cérebro- Michelangelo - capela Sistina - arquivo de pesquisa urandir 2015
Deus no momento da criação em uma representação de um cérebro- Michelangelo – capela Sistina –
Teria Michelangelo deixado mensagens ocultas nos afrescos com que decorou a Capela Sistina no início do século XV? Foi uma reação do gênio renascentista contra o imenso poder que a Igreja Católica tinha em seu tempo? Teria tentado ele, talvez assinalar o homem como ser superior a divindade ou a ciência como doutrina superior à religião? O que foi que ele tentou nos dizer a partir de sua arte? Estas são algumas das questões que o restaurador Silvio Goren tenta explicar em seu livro “As mensagens escondidas de Michelangelo no Vaticano”.
Sivio Goren professor de  Licenciatura em Conservação e Restauração de Bens Culturais do Instituto Univesitário Nacional da Arte- não é o único. Há vários textos que apóiam a idéia de que Michelangelo pintou a Capela Sistina muito mais do que pode ser vista a olho nu. As diversas teorias são diferentes, mas não contraditórias. “Michelangelo pintou a Capela Sistina, no século XVI, época em que tanto a religião quanto a ciência acreditavam ter a verdade absoluta”, diz Goren. E desliza a ideia de que, talvez, o artista tentou nos dizer que, tanto a religião como a ciência, eram parte da mesma coisa: O cérebro humano”
Mensagens ocultas de Michelangelo na Capela Sistina - arquivo pesquisador urandir 2015
Mensagens ocultas de Michelangelo na Capela Sistina –
No centro do teto da Capela Sistina, Michelangelo pintou nove cenas que narram o livro de Gênesis. Destes, o mais conhecido é a criação de Adão, ou Adam como também é conhecido nas escrituras sagradas e também muito bem didaticamente explicado pelos sumérios na criação da raça Adâmica. A cena representaria o exato momento em que, segundo a tradição judaico-cristã, Deus deu a vida ao primeiro homem.
À primeira vista, Deus e Adão são os únicos personagens, mas de acordo com Goren, que se baseia na teoria de que Frank Lynn Meshberger, que a publicou na década de 90 no Jornal da Associação Médica Norteamericana- há algo escondido na imagem: o manto encerrando a figura de Deus representa quase exatamente o modelo de um cérebro humano, artérias, glândulas e nervos ópticos, visto em seu corte lateral. Isso viria a concatenar com a idéia da criação suméria ser a criação genética da raça humana.
Para Meshberger, isso significaria que Michelangelo indicaria que Deus deu a Adão não só a vida, mas também a inteligência, Goren apoia esta teoria e fornece um ponto de referência. Afirma que na imagem, vemos um anjo triste, a única expressão
Imagens ocultas na Capela Sistina podem significar um cérebro humano - arquivo pesquisador urandir 2015
Imagens ocultas na Capela Sistina podem significar um cérebro humano – arquivo
de tristeza que aparece em toda abóboda da capela, diz ele, e o mais interessante é que , conforme Meshberger, “está localizada na área do cérebro que é ativada quando alguém tem um pensamento triste” .
Como Miguelangelo conhecia tão bem a anatomia e estrutura do cérebro? Os biógrafos do artista, entre eles Giorgio Vasari, falaram sobre a paixão do artista pelo  estudo da anatomia e como, após essa preocupação, dissecando cadáveres já aos 17 anos, algo que ele teria que fazer em segredo, porque era uma prática condenada pela Igreja Católica. Goren argumenta ainda que ele poderia ter adquirido muito conhecimento durante os seus contatos com Leonardo Da Vinci.
Parece que as famosas teorias conspiratórias estão certas. Outra hipótese que circulou entre os especialistas em neurocirurgia Ian Suk e Rafael Tamargo, publicadas na revista Neurosurgery e faz alusão a uma outra cena: A separação da luz e da escuridão. No pescoço de Deus haveria uma representação precisa de uma medula espinhal e do tronco cerebral humano. “Talvez o artista tenha feito uma  referência à capacidade da ciência em estar a par com a religião, ou mesmo acima” foi a conclusão dos neurocirurgiões. “Mística e Espiritualidade,  ou crítica e descrença? Homenagem ou sacrilégio? O incrível é que mais pesquisadores concluiram o mesmo, como o Dr R Douglas Fields, Ph. D. especialista em sistema nervoso e professor na Universidade de Stanford, que publicou um artigo que foi divulgado também pela Scientific Amercian em 2010.
E ainda há mais: Na parede do altar está a cena do juízo final. Nela, Michelangelo pintou todos os personagens nus, o que custou uma campanha da Igreja para  eliminar todos esses afrescos, coisa que não ocorreu, e o acusaram de heresia. A solução foi pintar em cima “panos de pureza” que esconderam as cenas de nudez, feitas por um aluno de Michelangelo. Estudos recentes afirmam que a intenção do artista era fazer uma crítica aos padrões duplos de moral da época.
E mais ainda: muito mais mensagens que foram deixadas por  Michelangelo na Capela Sistina, parecem ser um mapa de anatomia humana e que  à primeira vista  invisível aos olhos despercebidos.
Afinal, qual o real propósito das pinturas de Michelangelo ? Temos inúmeras hipóteses, cabe a nós deslinda-las e decifrá-las